“Argumentos sólidos e satisfatórios que a razão e sentimento confluem em quase todas as decisões e conclusões morais, aprovação ou da censura, ações como amáveis ou odiosos, aquilo que torna a moralidade um principio ativo e faz da virtude nossa felicidade e do vicio nossa miséria. Afirma o autor que é provável que a sentença final se apóie em algum sentido interno ou sentimento". (Hume, 1995. Pg.23-24)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

5 argumentos de Hume a favor do sentimento

No primeiro apêndice da  investigação Hume apresenta cinco circunstancias ou melhor argumentos  que afirmam a sua tese como fonte da moralidade vem do sentimento:  do coração.

I – O julgamento da razão exerce-se ou sobre questão de fato ou sobre relações. 

Ao examinarmos o ato condenável de ingratidão, de um lado uma boa vontade expressa e reconhecida e do outro a retribuição com hostilidade. Tal fato condenável da ingratidão não é nenhum fato particular e individual, mas  um conjunto de relações morais  descobertas pela razão, tais circunstancias provocam o sentimento de censura, em função da peculiar estrutura e organização da sua mente. O fato que consideramos condenável descreve sua natureza ou essência explicar o sentido ou faculdade que o aprende.  Ao afirmar que a moralidade consiste nas relações entre ações e a regra do direito, essas ações são denominadas boas ou más confirme concordemos ou discordemos dessa regra. A regra do direito é pela razão, dir-se-á a qual examina as relações morais das ações. As relações morais são determinadas pela comparação da ação com uma regra, e essa regra, por sua vez é determinada considerando-se as relações morais dos objetos. Contudo isso a proposta eminente no inicio é clara, que é mantida que a moralidade é determinada pelo sentimento, ela define a virtude como qualquer ação ou qualidade espiritual que comunica ao espectador um sentimento agradável de aprovação; e o vicio como o seu contrário.

II - Quando um homem delibera sobre sua própria conduta (ele deveria ou não auxiliar um irmão) ele deve leva em consideração estas distintas relações, situações particulares das pessoas envolvidas, a fim de determinar qual é o mais elevado dever ou obrigação; no caso das deliberações morais devemos estar familiarizados  com todos os seus objetos e com todas as relações que eles mantêm uns com os outros, a partir de uma consideração do todo, na nossa escolha ou aprovação. A aprovação ou censura que então resulta não pode ser obra de entendimento, mas do coração, e não constitui uma proposição ou afirmação especulativa, mas um ativo sentimento ou sensação. Nas decisões morais as circunstancias e relações devem ser previamente conhecidas, e na mente baseando-se na contemplação do todo, sente alguma nova impressão de afeto ou desagrado, estima ou repúdio, aprovação ou recriminação.

III - Em todas as ciências, nosso intelecto parte de relações conhecidas para investigar as desconhecidas. Mas, em todas as decisões relativas ao gosto ou à beleza exterior, as relações estão todas de antemão patentes ao olhar, e a partir daí passamos a experimentar um sentimento de satisfação ou desagrado, conforme a natureza do objeto e as capacidades de nosso órgão dos sentidos.

IV- Coisas inanimadas podem manter entre si todas aquelas mesmas relações entre agentes morais, mas não podem jamais se objetos de amor ou ódio; e, conseqüentemente, tampouco são suscetíveis de mérito ou iniqüidade. Uma arvore jovem que destrói aquela que lhe deu origem; se a moralidade consistisse simplesmente em relações, seria sem dúvida igualmente criminosa.

V – Parece evidente que os fins últimos das ações humanas não podem em nenhum caso ser explicado pela razão, mas recomendam-se inteiramente aos sentidos e afecções da humanidade, sem qualquer dependência das faculdades intelectuais

13 comentários:

  1. Hume talvez seja um dos primeiros a inferir a dependência irrefutável da sensibilidade com os valores morais estabelecidos. Sua tese de que a razão não é a fonte da formulação de juízos de valor é conhecida e se expandiu para os emotivistas contemporâneos. Não há como refutar os argumentos levantados na sua obra, apenas a ressalva em identificá-los com o sentimento de benevolência. A benevolência talvez (na mente de Hume) seria o repudio que as pessoas sentem ao ver alguém sofrendo danos físicos; Rousseau já trabalhou com essa idéia dizendo que existe naturalmente no homem o sentimento compassível. Com esse sentimento – advindo do “coração” – somos capazes de criar modelos de ação que visam assegurar nossas vidas e as dos outros.

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  2. a filosofia moral de Hume, alé de expandir-se aos emotivistas,tem também consequências utilitaristas, alias, segundo Reale, Hume recore à dimensão utilitarista para explicar sua ética, entretanto, o utilitarismo humeniano é um utilitasrismo que se estende a todos os individuos, isto é, o "util" de Hume é um "util" público, mas não particular.Para Hume, se a utilidade é fonte de todo o sentimento moral e, se não se refere ao individuo em particular, então, tudo aquilo que contribui para a felicidade da sociedade apela pela aprovação de nossa boa vontade.

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  3. O que fica exposto em Hume, é como a razão pode servir como caminho para as questões moarais, já que para Hume é os sentimentos que tem o paple para toma as discisões com relação a moralidade.

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  4. Hume vê o sentimento como fator principal nas decisões morais, as qualidades são valoradas pela sua utilidade. Procurar o bem do outro faz parte da natureza humana, o altruísmo. A moralidade é um conjunto de qualidades já tidas como boas pela sociedade. Essas qualidades seriam aprovadas conforme sua utilidade ou o prazer que proporcionam.

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  5. Para Hume o fundamento da moral não depende da razão e sim dos sentimentos. As paixões são algo de originário e próprio da "natureza humana", independentes da razão e por ela não domináveis: trata-se de "impressões" que derivam de outras impressões.
    A vontade, em particular, é entendida pelo filósofo como a impressão interna da qual alguém se torna consciente quando se dá intencionalmente origem a um novo movimento de nosso corpo ou a uma nova percepção de nossa mente. Ora, uma vez que ao realizar qualquer ato a vontade é determinada exclusivamente por motivos internos, a "liberdade" passa a significar a simples "não coação externa", enquanto o "livre-arbítro" constitui um verdadeiro e próprio absurdo.
    Ligada a esta concepção temos a tese humiana segundo a qual a razão não pode jamais se contrapor à paixão na condução da vontade; e isto significa negar que a razão possa guiar determinar a vontade.
    A moral, que suscita paixões e promove ou impede ações, não se funda portanto sobre a razão e sim sobre o sentimento, e precisamente sobre o particular sentimento de prazer e de dor: o prazer moral é peculiar porque é desinteressado. Em seu conjunto, a ética humiana é utilitarista, no sentido porém que o que move nosso assentimento não é o nosso útil particular, mas o útil público, que é o útil á felicidade de todos.

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  6. a filosofia moral de Hume, alé de expandir-se aos emotivistas,tem também consequências utilitaristas, alias, segundo Reale, Hume recore à dimensão utilitarista para explicar sua ética, entretanto, o utilitarismo humeniano é um utilitasrismo que se estende a todos os individuos, isto é, o "util" de Hume é um "util" público, mas não particular.Para Hume, se a utilidade é fonte de todo o sentimento moral e, se não se refere ao individuo em particular, então, tudo aquilo que contribui para a felicidade da sociedade apela pela aprovação de nossa boa vontade.

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  7. A moralidade Humeneana é baseada nos sentimentos que temos pela nossa benevolência,ele usa a razão apenas como instrumento dos sentidos.Ele diz que devemos escutar o coração para poder avaliar se uma ação é moralmente aceitável ou não.Devemos usar a boa vontade.

    Por:Bárbara Maria

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  8. HUME deixa bem claro que é os sentimentos que que tem que ser consutado diante das decisoes e que a razao só tem a funsao de ponderadora diante dessas decisoes.E que devemos apenas escutar o nosso coração antes de tomar as nossas dessisoes.

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  9. É interessante como as dimensões empíricas e racionais, normativas e emotivas se relacionam na construção dos conceitos. Em sua teoria ética Hume privilegia os sentimentos sobre as razões. Esta discussão perdura quanto a estas faculdades formadoras de juízos, conceitos, como também criadoras de realidades. O que parece não tem previsão para sair de questão.
    João Marcos

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  10. Para Hume a razão sozinha não basta para originar qualquer censura ou aprovação moral. Segundo ele, é preciso que um sentimento venha a se manifestar para que se estabeleça a preferência pelas tendências úteis diante das nocivas.

    Cláudia Falcão

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  11. Para Hume as decisões morais são baseadas em sentimento moral. O sistema moral de Hume objetiva a felicidade dos outros e a felicidade do próprio eu. Mas a preocupação com os outros responde pela maior parte da moralidade.


    http://macintyr.blogspot.com/

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  12. Uma das coisas que me chama mais atenção em Hume é a distinção moral entre racionalidade e sentimentos. Ele afirma que “a razão ou o sentimento participam de todas as decisões que envolvem louvor ou censura”, mas cada um deles tem pesos e funções bem distintas.

    Para Hume, a razão tem o poder de apontar para a utilidade, no entanto, ela não tem o poder de gerar em nós qualquer tipo de censura ou aprovação moral, ela não pode nos fazer optar pelo útil. Para isso seria necessário um sentimento que se manifestasse na preferência, ou não, pela utilidade.

    Gosto de como ele aplica a subjetividade em sua filosofia, no final das contas esse é um dos grandes pontos de discussão em praticamente todas as correntes morais e ele consegue incorpora-la em sua filosofia com satisfação.

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