“Argumentos sólidos e satisfatórios que a razão e sentimento confluem em quase todas as decisões e conclusões morais, aprovação ou da censura, ações como amáveis ou odiosos, aquilo que torna a moralidade um principio ativo e faz da virtude nossa felicidade e do vicio nossa miséria. Afirma o autor que é provável que a sentença final se apóie em algum sentido interno ou sentimento". (Hume, 1995. Pg.23-24)

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Uma Investigação Sobre os Princípios da Moral



 Hume, David. Uma investigação sobre os princípios da moral. Tradução José Oscar de Almeida Marques – Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1995.
   
   O filosofo Hume apresenta uma discussão que diz respeito os fundamentos gerais da moral: as nossas decisões morais ou juízos partem da razão ou dos sentimentos?  Desde século XVIII que essa controvérsia é debatida entre os grandes pensadores.

“Se obtemos conhecimentos deles por uma seqüência de
argumentos e induções ou por um sentimento imediato,
um sentido interno mais refinado. (Hume, 1995. pg 20)

          Mas a base do filosofo empiristas é o seu principio que os conhecimentos se originam das percepções: o autor aplica o método experimental a natureza humana. Tal método para Hume é visto como uma renovação em proceder à reconstrução da natureza humana baseada na observação.
       Afirma o filosofo que as nossas ações ou juízos morais exprimem a nossa aprovação ou reprovação de certas qualidades de caráter.  Hume descreve que tais aprovações provem de uma emoção, de um sentimento: desejos, vontades, paixões, sensações todos são pontos motivadores, apresentam objetivos e fins. Sendo que a moral é intrinsecamente motivadora, os juízos morais por si influenciam decisivamente a nossa conduta. (Exe.: quem julgar, por exemplo, que quebrar uma promessa é errado, está motivado para manter as promessas que faz.)

        A ética de Hume descreve a participação da razão não a desmerecendo. Por si entende que a razão não nos motiva para fazer nada, pois é apenas um instrumento ao serviço das sensações, sentimento, logo os juízos não resultam da razão. Como a razão não nos indica objetivos ou fins algum, pois nos indicam somente os meios mais apropriados para atingir os nossos fins, nossos desejos. Podendo afirma que é um instrumento sim, uma ferramenta que nos ajuda alcançar o que queremos. Por exemplo: Se desejo viajar as 22:00h, a razão me permite que eu faça : devo, arrumar minha mala, colocar tal blusa,sapatos, lembrar de compra um presente, chegar cedo no aeroporto, e esta as 22:03 no avião.

      É fácil aceitarmos que todas as nossas ações provem da razão, por sermos  criaturas racionais, na lógica humana, tudo deve esta relacionado a momentos racionais. Mas para Hume manifesta em poucas palavras que o ser humano precisa para tomar suas decisões: “ele precisa é consultar por um momento seu próprio coração” (Hume. 1995-Pag. 25)

         E continua afirmando que a tarefa única da ração é discernir as circunstancias comuns, em cada um dos lados, observarem as características particulares, as qualidades estimais, ou as censuráveis. Seguindo o método experimental e deduzindo a partir das comparações de casos particulares. 

O autor mostra que não há qualidades mais merecedoras de boa vontade e aprovação geral da  humanidade do que  a benevolência e o caráter humanitários, gratidão e a feição natural, tudo procede de uma terna simpatia pelos demais, e de uma generosa preocupação pelo grupo e espécie. (Hume. 1995- Pag.29)
  
         A circunstância de utilidade é uma fonte de louvor e aprovação, que é algo que chama constantemente em todas as decisões relacionadas com o mérito e o mérito da ação, que é a única fonte de o grande respeito que nós pegamos a justiça, fidelidade, honra lealdade e caridade, que é inseparável de todas as outras virtudes sócias, tais como a benevolência, caridade generosidade, bondade, perdão, piedade e moderação, e em uma palavra, que é o principal fundamento da moralidade sobre a raça humana

        O útil move nossas concordâncias,  é o útil publico que é o útil a felicidade de todas.  Pareci inegável eu nada conferir mais mérito q qualquer criatura humana do que um supremo sentimento de benevolência e que parte, ao menos, desse mérito provém de sua tendência a promover os interesses de nossa espécie e trazer felicidade à sociedade humana. (Hume. 1995- Pag.34)

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